Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se.
Ele teve a sensação de ser. Não poderia explicar, tão profundo, nítido e largo que era. A sensação de ser era uma visão aguda, calma e instantânea de ser o próprio representante da vida e da morte. Então, ele não quis dormir, para não perder a sensação da vida.
Acho que sábado é a rosa da semana.
Eu sou uma pergunta.
O que te falo nunca é o que te falo e sim outra coisa.
Eu não sou tão triste assim, é que hoje estou cansada
Estou sendo alegre neste instante, por isso me recuso a ser vencida. Então amo como resposta.
O óbvio é a verdade mais difícil de enxergar.
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
?estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.
Como você é por dentro? Você é cristal tilintando, você é ouro que refulge, você é uma rosinha branca que tem cheiro divino, você é uma nuvem rodada no céu bem azul, você é misteriosa como a Lua e brilhante como o Sol que nos aquece.
Acho que o processo criador de um pintor e do escritor são da mesma fonte. Quando eu escrevo, misturo uma tinta a outra e nasce uma nova cor.
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe. Sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável.
Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra amor...
Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
Perder-se também é caminho.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca, ou não toca.
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